O evento faz referência à passagem do Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa.
A Vila da Música Monsenhor Ágio Augusto Moreira, equipamento da Rede Pública de Equipamentos Culturais (Rece), da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult/CE), gerido pelo Instituto Dragão do Mar (IDM), realiza, no dia 22 de janeiro, às 15h, a roda de conversa “A influência das músicas de terreiro no combate à intolerância religiosa”, com o professor Thiago Florencio, Mãe Brígida e Josué Farias.
A atividade, que acontece em referência à passagem do Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, celebrado em 21 de janeiro, busca fortalecer o debate sobre esse tema relevante.
O evento é gratuito, aberto ao público e visa promover um espaço de diálogo entre pesquisadores e representantes de religiões de matriz africana, proporcionando um espaço inclusivo para todas as pessoas que desejam participar e contribuir para o fortalecimento do combate à intolerância religiosa
Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa
No Brasil, o dia 21 de janeiro representa o reconhecimento da luta da ialorixá baiana Gildásia dos Santos, conhecida como Mãe Gilda. Além de liderança religiosa, Mãe Gilda foi também uma ativista social. Ela e sua família foram perseguidas por conta de sua religião, sofrendo ataques físicos e verbais. Com problemas de saúde que ficaram ainda mais graves após os ataques, Mãe Gilda teve um infarto e morreu no dia 21 de janeiro de 2000. Sua morte tornou-se marco nacional da luta contra esse tipo de ataque.
Sobre os convidados
Thiago Florencio é professor adjunto de História Africana, Afro-Brasileira e Indígena na graduação e no mestrado profissionalizante ProfHistória do Departamento de História da Universidade Regional do Cariri (URCA). Possui Mestrado em História Social da Cultura (2007); Doutorado em Literatura, Cultura e Contemporaneidade (2014) pela PUC-RIO; e Pós-graduação Latu Sensu em História da África e do Negro no Brasil (2005) pela Universidade Cândido Mendes. É coordenador do Grupo de Pesquisa Núcleo de Estudos de Descolonização do Saber (NEDESA). Desenvolve atividades de pesquisa, ensino e extensão nos campos de descolonizações, identidades culturais, étnicas e raciais.
Mãe Brígida é Mãe de Santo, atriz, pesquisadora da oralidade Afro-Diaspórica, dirigente do Coletivo Ominaiye e representante dos cânticos de terreiros. Traz consigo a paixão pela cultura afro-brasileira e dedicação para disseminar entendimentos e compreensões sobre as filosofias Yoruba e Bantus para a sociedade.
Josué Farias é artista, produtor cultural, Pai pequeno do Terreiro de Umbanda Seara Filhos da Luz e discípulo de Jurema Sagrada. Seu trabalho é focado na promoção, difusão e apreciação das linguagens artísticas populares e tradicionais originadas nas comunidades e nos terreiros das religiões afro-ameríndias. Com mais de uma década de dedicação à Umbanda, Josué cresceu imerso nessa religião devido à assiduidade de sua avó ao culto. Aos 14 anos teve acesso como membro, dando início à sua trajetória na Umbanda Sagrada.
Sobre a Vila da Música Monsenhor Ágio Augusto Moreira
A Vila da Música é o primeiro equipamento da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult Ceará) instalado no interior e gerido em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM). É fruto da parceria da Secult Ceará com a tradicional escola de música Sociedade Lírica do Belmonte (Solibel), fundada pelo Padre Ágio Augusto Moreira na década de 1970.
SERVIÇO
Roda de conversa “A influência das músicas de terreiro no combate à intolerância religiosa”
Data: 22 de janeiro
Horário: 15h
Local: Vila da Música Monsenhor Ágio Augusto Moreira (Av. José Horácio Pequeno, 1366, Belmonte, Crato – CE)